quarta-feira, 16 de março de 2011

Graffiti em Mauá - Entrevista com Rodrigo Pereira Creper.




Entrevista – Rodrigo Pereira Creper

Embora que ainda exista um certo preconceito e visto por algumas pessoas como uma marginalização da arte, o graffiti ou grafite, veio para ficar, forma de expressão artística que se confunde com a vida urbana, tem precedentes históricos nas primeiras representações artísticas do ser humano, pois eram em paredes de pedra que os homens da pré-história deixaram seus sinais e mesmo nas ruínas de Pompeia, há pichações nos muros da cidade que as cinzas do vulcão preservaram. 

Talvez pelo potencial de subversão da “ordem instituída”, um vez que é uma forma de expressão bastante livre, é que o graffiti, muitas confundido como mera pichação, tenha alguns problemas de aceitação nos círculos mais fechados da academia. Outra grande característica do graffiti são suas possibilidades do poético, uma vez que muitas vezes a palavra e as letras são objetos de decoração ou expressão. Lembra em muito a arte islâmica, na qual a palavra tem grande força artística ou decorativa.

Na cidade de Mauá, existem vários artistas destas expressão que estão lutando para se firmar com sua arte, muitas vezes batalhando com a dificuldade de conseguir seu principal suporte, os muros da cidade, outras vezes com a necessidade de conciliar o tempo dos estudos e trabalho com o fazer artístico. Colocamos a seguir entrevista com o Rodrigo Pereira Creper que nos ajuda a entender um pouco mais sobre o universo desta arte. 

Rodrigo é chamado pelos amigos como Rod, e assina seus trabalhos como Rope.

Para entender um pouco mais:



Uma Voz no Invisível – Qual foi seu primeiro contato com as artes plásticas e ou visuais? Quando estas artes se destacaram em seu mundo?

Rodrigo Pereira Creper - A primeira vez foi no muro da escola atrás da minha casa, e oq ela vem representando no meu mundo? Isso é o pelo que me faz acorda e trampa todos os dias, e quanto o sol for di graça dou minha vida por isso!


Uma Voz no Invisível – Em algum momento a escola formal (fundamental ou médio) criou em você interesse ou necessidade de fruição da arte e suas expressões?

Rodrigo Pereira Creper - Vixi tinha dia que era bom ir pra escola só na aula de artes, e me dedicar para sempre fazer o melhor de mim pra obter uma boa nota.

Uma Voz no Invisível – Em que momento sentiu a necessidade de se expressar como artista plástico?

Rodrigo Pereira Creper - Tinha vez que a falta de material mesmo ou até o tempo para pintar ou fazer outras coisas e é meio complicado tbm trabalhar quase 24 hrs, quase não sobra tempo mas sempre dando uma escapada para se expressar é o que flui neste tempo vago.

Uma Voz no Invisível – Em que momento se viu ou sentiu ou foi reconhecido como um artista plástico?

Rodrigo Pereira Creper - Como artista plástico já num sei viu, só quero pintar e jogar elas ao vento e quando alguém o ver e dizer o mô talento...

Uma Voz no Invisível – Existiu ou existe uma pessoa em especial que lhe inspirou neste caminho ou lhe incentivou de forma positiva?

Rodrigo Pereira Creper – Ah! A vida já é uma inspiração, mas dá pra buscar nas pessoas ou ate na lua, namorada, mãe, cachorro, ou ate no mundo mesmo, tipo em tudo.

Uma Voz no Invisível – Qual a sua formação na área de artes plásticas e ou visuais (mesmo as informais; oficinas, de pesquisa individual, autodidata ou coletiva e outros)?

Rodrigo Pereira Creper - No começo sempre me dediquei a apreender sozinho, ficava observando outros artistas e suas obras, mas agora to indo atrás pra aprimorar o que eu quero mesmo na vida, já fiz desenho na Da Paz, conheci sua pessoa, e depois fiz intervenções urbana; no SENAC, acabei conhecendo varias pessoas e ate o artista Rui Amaral...

Uma Voz no Invisível – Participa de algum coletivo, grupo ou outra forma de agremiação de artistas, mesmo que não envolva a produção, mas também a mera discussão das expressões e meios de produção ou puro contato com seus pares?

Rodrigo Pereira Creper - Não participo de nenhum coletivo ou grupo.

Uma Voz no Invisível – Existe alguma técnica em que se especializou? Faz outras experimentações?

Rodrigo Pereira Creper – Ah! Técnicas já não sei mto bem, gosto de chegar e pintar, sei lá, gosto de experimentar mtas coisas.

Uma Voz no Invisível – Destaque alguma exposição (mostra ou outros) ou exposições das quais participou, de forma individual ou coletiva, que considere importante ou fundamental (artística ou afetiva) em sua atuação.

Rodrigo Pereira Creper – Sim, participei em uma exposição no SENAC para a CPTM.

Uma Voz no Invisível – Dê a sua opinião sobre o ensino de arte na escola formal e outras formas de educação.

Rodrigo Pereira Creper - Olha é mto bom mostra para outras pessoas uma base do que é arte.

Uma Voz no Invisível – Quais suas influências? Algum artista ou grupo de artistas lhe serviu de inspiração para seu trabalho ou lhe incentivou a produzir arte?

Rodrigo Pereira Creper - Os Gemeos , Can Two.

Uma Voz no Invisível – Neste momento você tem a palavra, fale sobre, dê sua opinião ou alguma informação que não foi revelada pelas questões anteriores e que considere pertinente ou simplesmente queira dizer. Rasgue o verbo!

Rodrigo Pereira Creper – Não, foram todas boas, só que arte grafitti ou outros tipos que envolva arte, em Mauá está mto fraca!


Valeu Rodrigo!!!

Um comentário:

  1. Parabéns pelo blog, os artistas e movimentos culturais precisam deste apoio!!
    Abraço pro ROD e toda MPV-CREW, pela força e pelo trabalho desenvolvido em Mauá!!
    Edson, inseri o link do "uma voz no invisível" em nosso blog também!! Grande abraço!
    São Paulo x Mauá...a ponte tá feita!!! graffiti na veia...!
    André Estavaringo

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